quinta-feira, 14 de abril de 2016

Rito Vs. Espiritualidade

Um dos assuntos quem tem mais me incomodado nos últimos dias é o fato das pessoas confundirem ou não terem entendimento sobre dois assuntos distintos que por muitas vezes se confundem.

Rito, de uma forma simplificada, é um conjunto de palavras e atos que, realizados de forma sucessiva e ou repetida, formam uma cerimônia. São atividades organizadas nas quais as pessoas se expressam por meio de gestos, símbolos, linguagem, comportamento.

Espiritualidade é a instância ou dimensão última do ser humano. É uma realidade humana que está presente em todos os homens. É a dimensão do homem que faz com que este pergunte pelo sentido da sua vida. Pelo que vale a pena viver e pelo que vale a pena morrer.

Muitas pessoas, principalmente os que acham que detém a autonomia do divino, têm confundido rito com espiritualidade. O rito é externo ao homem, se restringe a locais, seja um templo, uma sala ou o seu quarto; ele só pode ser praticado ali, em determinado horário ou dia; e com a ajuda de materiais (velas, livros, orações programadas, amuletos). Enquanto que a espiritualidade, à medida que é intrínseca ao homem é interna, logo não está presa às limitações do rito. A espiritualidade é interna e independe dos limites físicos relacionados à estrutura.


A problemática dos dias de hoje é que as pessoas se valem do rito para dizer que possuem uma espiritualidade. O rito não exclui a espiritualidade, mas esta transcende aquele. A espiritualidade precisa ser maior que o rito, pois este é apenas parte do que eu faço, mas a espiritualidade faz parte de quem eu sou.

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