quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cisne Negro

            Estava eu folheando uma edição da revista Psique quando olho uma matéria sobre o filme Cisne Negro. A priori, infelizmente, não tive a oportunidade de lê-la, porém fiquei muito interessado em assistir ao filme. Este que já conhecia de ouvir falar e nada mais.
            No começo me pareceu um filme de comum, mas que no desenrolar da trama, não tem nada de comum. Uma bailarina, a Nina (Natalie Portman), que beira seus trinta anos, busca um lugar ao sol, e ela consegue! Nina consegue o papel principal de rainha dos cisnes para a nova versão que o diretor Vicent Cassel está produzindo da versão do ballet de “O Lago dos Cisnes”, de Tchaikovsky. Nessa versão Nina terá de interpretar o cisne branco e o negro, encarar o bem e o mal. E é nesse ponto que surge o brilhantismo da história.
            Na busca por uma apresentação perfeita Nina terá de lhe dá com sua maior dificuldade, que é ela mesma. Todos os seus desejos e angústias reprimidos se afloram na busca por essa apresentação. Pelo fato de ter uma criação totalmente possessiva por parte da mãe, que faz inúmeras projeções na filha, Nina percebe que todo esse protecionismo e conseqüentemente toda a ingenuidade que traz consigo só atrapalha o seu desempenho. E é nesse ponto que a trama torna-se espetacular. Acompanhamos de perto a constante luta de Nina pra vencer seus medos e aflorar todos os seus desejos e finalmente conseguir a apresentação perfeita. É de tirar o fôlego, em uma atuação fantástica de Natalie Portman, que consegue prender a atenção do espectador do começo ao fim.
            Intenso com certeza é uma palavra para definir esse filme. Com todo o suspense e a luta que Nina enfrenta, o espectador se identifica com o personagem. Pois mostra a luta, id x superego (como já dizia Freud), que cada um tem todos os dias. Luta do instinto contra os valores morais, do “bem” contra o “mal”, do cisne branco contra o negro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário