Todos os homens foram
criados com um propósito debaixo do céu. Há um sentido para a existência. Esse
questionamento sempre foi umas das principais inquietações de todos aqueles que
pensaram a respeito da vida.
O homem não é jogado no mundo sem um propósito. A sua
vida tem uma finalidade de ser. A priori, o homem não conhece o seu propósito.
Mas anseia por ele, mesmo que inconscientemente (Ec 3:11) . Porém no decorrer
de sua existência esse propósito é desvelado à medida que o homem conhece o
Eterno (Sl 25:14).
O propósito de vida de cada homem é para ser vivido para
fora dele. O homem não é um sistema fechado em si próprio. O propósito dele é
para fora. O homem é um ser que existe para fora dele, um ser-para-fora. Seu
propósito não é acumular para si, mas antes, é existir para o outro. Ele é
chamado para fora.
Paulo, o apóstolo, foi o primeiro a discutir sobre liberdade
e responsabilidade. Ele sempre trabalha em seus textos na prerrogativa de que
tudo me é lícito. Ora o que seria isso senão a liberdade? Mas ao mesmo tempo
ele trabalha sob a ótica de que nem tudo me convém. Ora, o que seria isso senão
a responsabilidade?
O homem possui a liberdade para fazer aquilo que quer.
Porém a liberdade do homem caminha junto à responsabilidade. A responsabilidade
do homem é uma responsabilidade em função do seu propósito e em função do seu
próximo.
Paulo, o apóstolo, sempre frisa em seus textos a
responsabilidade dos fortes na fé em função de não escandalizar os fracos na
fé. A responsabilidade destacada por Paulo é justamente aquela em que o homem é
responsável pelo outro. Suas atitudes refletem no próximo. Então o apóstolo
aconselha o homem a ser-responsável perante o seu próximo.
A responsabilidade, antes de ser uma preocupação com o
próprio eu, tem que ser uma preocupação com o outro. É preferível eu deixar de
tomar refrigerante se o meu próximo ficar confuso e achar que tomar
refrigerante o afasta de Deus. E é preferível que eu faça isso mesmo se esse
ato me faça bem. A responsabilidade
perpassa muitas vezes pelo meu sacrifício em função do outro. E eu me
sacrificando pelo outro, o levarei para mais perto de Deus.
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