sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Liberdade e Responsabilidade

Todos os homens foram criados com um propósito debaixo do céu. Há um sentido para a existência. Esse questionamento sempre foi umas das principais inquietações de todos aqueles que pensaram a respeito da vida.
            
O homem não é jogado no mundo sem um propósito. A sua vida tem uma finalidade de ser. A priori, o homem não conhece o seu propósito. Mas anseia por ele, mesmo que inconscientemente (Ec 3:11) . Porém no decorrer de sua existência esse propósito é desvelado à medida que o homem conhece o Eterno (Sl 25:14).
            
O propósito de vida de cada homem é para ser vivido para fora dele. O homem não é um sistema fechado em si próprio. O propósito dele é para fora. O homem é um ser que existe para fora dele, um ser-para-fora. Seu propósito não é acumular para si, mas antes, é existir para o outro. Ele é chamado para fora.
            
Paulo, o apóstolo, foi o primeiro a discutir sobre liberdade e responsabilidade. Ele sempre trabalha em seus textos na prerrogativa de que tudo me é lícito. Ora o que seria isso senão a liberdade? Mas ao mesmo tempo ele trabalha sob a ótica de que nem tudo me convém. Ora, o que seria isso senão a responsabilidade?
            
O homem possui a liberdade para fazer aquilo que quer. Porém a liberdade do homem caminha junto à responsabilidade. A responsabilidade do homem é uma responsabilidade em função do seu propósito e em função do seu próximo.
            
Paulo, o apóstolo, sempre frisa em seus textos a responsabilidade dos fortes na fé em função de não escandalizar os fracos na fé. A responsabilidade destacada por Paulo é justamente aquela em que o homem é responsável pelo outro. Suas atitudes refletem no próximo. Então o apóstolo aconselha o homem a ser-responsável perante o seu próximo.

            
A responsabilidade, antes de ser uma preocupação com o próprio eu, tem que ser uma preocupação com o outro. É preferível eu deixar de tomar refrigerante se o meu próximo ficar confuso e achar que tomar refrigerante o afasta de Deus. E é preferível que eu faça isso mesmo se esse ato me faça bem.  A responsabilidade perpassa muitas vezes pelo meu sacrifício em função do outro. E eu me sacrificando pelo outro, o levarei para mais perto de Deus. 

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