sábado, 4 de junho de 2011

Texto de Arnaldo Jabor


         "É melhor você ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja, gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica, faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada. Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a seqüência de bíceps e tríceps. Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí? Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE!!"  (Arnaldo Jabor)

        Esta crítica de Jabor à futilidade nada mais é do que o reflexo que a sociedade vive hoje. Valoriza-se mais um padrão de beleza quase inalcançável do que o conteúdo apresentado por cada indivíduo, e destaco aqui, assim como Jabor, as mulheres. Mulheres com lindas curvas, com medidas invejáveis, com dietas malucas, com implantes cada vez maiores, com pele de pêssego, com barrigas que dão pra lavar roupas; porém, mulheres essas, que não sabem apreciar uma boa música, um bom filme, ter uma conversa saudável.
        Eu dou eco às palavras do Jabor, melhor ter uma boa companhia do que um modelo que mais parece àqueles das vitrines das lojas. Afinal de contas, beleza não é aparência. Beleza é equilíbrio. Equilíbrio que nada mais é do que o bem-estar encontrado em ambas as partes por um casal.



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