Sentado no carro, parado,
à beira-mar, eu penso em como a vida tem seus paradoxos. Uma maneira de medir
qualitativamente é adotada e, mesmo tirando a nota máxima, se é reprovado. Quem
si ajuda com o google é aprovado, quem decora é aprovado, e quem aprende?! E
quem absorve alguma coisa?! Corre-se o risco de ser reprovado. Mas...é assim
mesmo! O mundo é dos espertos já dizia uma moça linda e encantadora. Quem sabe
"se fazer" é quem burla; é quem toma vantagem; é quem consegue
amizades. É assim mesmo?! Não!! Escrevo para que não! Para que o bonitinho não
consiga a vaga; para que o mentiroso não tenha crédito; para que o amigo não
seja passado às escondidas; para que quem falta, falte mesmo; para que o
canguru não fique; para que a senhora não se atrase; para que a leveza não seja
bajulada; para que quem questiona, seja ouvido; para que quem leciona seja dado
o direito à flexibilidade; para que o cavalinho-marinho tenha direitos; para
que o mestre não seja o absoluto; para que quem cedo madruga não fique até tarde;
para que o falador não se atrapalhe com suas palavras; para que o historiador
não seja dominador; para que o fator X não seja uma icógnita; para que a
comédia não seja censurada; para que o pseudônimo não vá à justiça; para que a
primogênita não seja pior que a segunda; e para que a cantiga não fique de
final.
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