quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Especial de natal

Hoje é véspera de natal, dia 24 do ano de 2014. Enquanto escrevo esse texto, minha casa está uma barulheira doida, faz-se comida, limpa casa, arruma cadeiras e mesas... tudo para preparar as pessoas que virão mais tarde celebrar o natal. Data tão questionada, tão amada e tão odiada.

O natal, hoje, é conhecido como uma festa cristã. Porém sua origem não fora sagrada, mas antes, sua origem fora pagã. Muitos acreditam ser o nascimento do Cristo Jesus, mas essa não é a data do seu real nascimento. Mas assim como muitas pessoas não conhecem esse detalhe, muitas outras conhecem.

Nasci acreditando ser essa data especial. No meio da minha pequena existência descobri que não, não era a data do nascimento de Jesus. Já amei o natal. Já odiei o natal. Hoje, depois de ter amado e depois de tê-lo odiado, vejo-o como uma oportunidade de encarnar o divino.

Vi no meio da semana uma reportagem no jornal local sobre um grupo de pessoas que se juntaram para doar presentes a escolas municipais. Durante a matéria apareceram várias crianças dando seus depoimentos que pediram uma bicicleta e seu pedido tinha sido concretizado.

Sempre enxerguei o espírito natalino enquanto o consumismo, glutonaria, bebedice, etc. Porém durante a matéria exibida reavaliei e pensei que talvez o espírito natalino pudesse ser a esperança, o amor, o abraço, o reencontro.

Vamos buscar o exemplo do sábado, um dia guardado pela lei. Sábado era uma data sagrada. Jesus perguntou aos fariseus e líderes religiosos: “Que atitude é coerente com o sábado? Fazer o bem ou o mal? Ajudar as pessoas ou deixá-las sem ajuda?” (Lc 6:9).

Se Jesus pegou o sábado, uma data “sagrada”, em que se pensava que não pudesse fazer o bem ao próximo e o fez. Porque nós não podemos pegar o natal, uma data “profana” e ter uma atitude coerente e ajudar as pessoas?

Muita gente carente vê no natal a esperança de conseguir uma refeição mais digna. Muitas pessoas necessitadas enxergam no natal a possibilidade de conseguir um abraço de um familiar que passou o ano todo longe, em outra cidade.

Muitos pais sem condições veem no natal a esperança de olhar, de escutar e de sentir o sorriso estampado nos rostos dos seus filhos, mesmo que esse sorriso não tenha sido causado por eles próprios, mesmo que esse sorriso não tenha sido causado por um prato de comida que eles colocaram em suas mesas, mesmo que esse sorriso não tenha sido em função de um presente que os seus filhos ganharam deles próprios. Mas que esse sorriso veio de alguém que se prontificou em enxergar uma data em que a fé está à porta e que há a possibilidade de encarnar o divino para ir até quem tem a esperança que talvez no final do dia esteja sorrindo.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

A fé que remove montanhas


Ao sopé da montanha, uma multidão os aguardava. Enquanto se aproximavam, um homem saiu do meio do povo e ajoelhou-se implorando: “Mestre, tem misericórdia do meu filho. Ele tem acessos de loucura e sofre terrivelmente com as convulsões. Às vezes cai no fogo, outras vezes no rio. Eu o trouxe aos teus discípulos, mas eles não puderam fazer nada.” Jesus suspirou: “Mas que geração! Vocês não conhecem Deus e são muito maus! Até quando vou ter de aguentar esse tipo de coisa? Quantas vezes ainda vou ter de passar por isso? Tragam o menino aqui!”. Ele ordenou que o demônio que o afligia saísse e o demônio foi embora. Na mesma hora, o menino ficou bem. Quando os discípulos ficaram a sós com Jesus, eles lhe perguntaram: “Por que não pudemos expulsá-lo?”. “Por que vocês ainda não levam Deus a sério”, foi a resposta. “A verdade simples é que, se vocês tivessem fé, pequena como uma semente de mostarda, poderiam dizer a esta montanha: ‘Saia daqui!’ e ela sairia. Não haveria nada que vocês não pudessem enfrentar.” (Mt 17:14-21 – A Mensagem)

1-      Montanha como algo interno:

“Se vocês tivessem fé [...] poderiam dizer a esta montanha: ‘Saia daqui!’ e ela sairia.”

Montanha nos reflete às dificuldades em geral, qualquer problema externo a nós ou uma contingência que gera uma crise costumamos falar que isso é uma montanha a ser superada, uma montanha a ser removida das nossas vidas. Por exemplo, a situação de um desempregado: ele vai à igreja, ou tem o seu momento de oração com Deus em que pede para essa montanha – ou gigante – seja removido, superado.

Sempre a comparação é relacionada ao exterior do homem enquanto atrapalho para chegar a algum objetivo. Geralmente o objetivo é uma conquista pessoal. Outro dia uma pessoa me disse que estava orando para Deus remover um gigante em sua vida. O gigante que a pessoa citara era a sua chefa, que tinha atitudes de perseguição para com ela.

Porém é preciso enxergar mais longe. E mais longe significa mais profundo. E Mais profundo significa enxergar a montanha como algo interno. Enxergo a montanha (dificuldade) como algo externo (fora de mim) que atrapalha a minha satisfação própria. Enquanto que deveria olhá-la como algo interno (em mim) que dificulta a reparação (conserto – reparar algo para que volte a seu estado a qual foi desenvolvido para tal) do outro.

Os discípulos perguntaram a Jesus por que não conseguiram expulsar o demônio do menino. Jesus respondeu por que eles ainda não levavam Deus a sério. Era uma dificuldade interna dos discípulos, uma falha no caráter. Eles ainda não estavam encarando o seu chamado a sério. Ainda deveriam ter dúvidas sobre isso.

O interessante é que o texto fala que eles estavam ao sopé da montanha, ou seja, na parte mais baixa da montanha; eles estavam à base dela. O texto não diz, mas provavelmente eles estavam em um vale. Podemos entender “vale” como uma contingência de crise. Os discípulos estavam aflitos por que não conseguiram expulsar o demônio. A angústia havia se instalado em cada um deles. Aqui há uma conexão com o texto de Salmos 23:4a que diz: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte”.

Os discípulos de Jesus estavam em um vale, diante de uma montanha, à sombra da morte. Ou seja, os discípulos estavam em uma crise, diante da dificuldade, à beira da separação com o Eterno.

A crise dos discípulos era em relação a uma frustração de não poder ajudar o próximo em função de uma falta de postura interna deles de comunhão com Deus. Muitas vezes não pensamos em montanhas internas, mas tão somente em montanhas externas. Jesus fala metaforicamente sobre a remoção da montanha pela fé comparando-a com uma dificuldade interna que diminui a chance de ajudar o próximo a se consertar com o Pai. A comparação com a montanha é em analogia a uma posição aquém em conexão à humanidade em Jesus. A situação do vale da sombra da morte está próxima implica dizer que a separação, ou a falta de seriedade em relação a Deus, que a conexão com a humanidade em Adão está perto. E é por isso que o mover de Deus através dos discípulos é falho.

Logo, enxergar a montanha como uma dificuldade interna é uma interpretação mais profunda da fala de Jesus. O interior é mais difícil de ser trabalhado que o exterior. Focar em fatores externos é o menor dos problemas. O que acontece é que o homem muitas vezes se baseia em contingências, mas antes, ele deve ter convicção e encarar com seriedade, responsabilidade e entendimento de que seu chamado é único e específico na Terra e que só ele é capaz de fazer aquilo para o qual foi chamado fazer.



2-      Poder-se-á fazer alguma coisa:

“Eu o trouxe aos teus discípulos, mas eles não puderam fazer nada.”

            Imagina a alegria de Jesus ao receber essa notícia do pai do menino que sofria com acessos de loucura que os seus discípulos não puderam fazer nada? O texto não explicita a entonação da resposta de Jesus, mas acredito não foi uma das melhores possíveis. Acredito que ele deve ter olhado para os discípulos, dado aquele belo suspiro, contado até dez e respondeu decepcionado. A incredulidade dos discípulos fez com que Jesus se desapontasse, pois eles não tinham confiança em quem era Deus e acabavam indo contra os propósitos dele.

            A tristeza de Jesus foi simplesmente pelo motivo dos seus discípulos ainda não terem a firmeza dos seus respectivos chamados e por consequência diminuírem a ação de Deus através das suas vidas.

Isso nos ensina que enquanto estamos displicentes para com o nosso chamado estamos deixando de realizá-lo. Muitas vezes queremos um profundo agir de Deus em nossas vidas, mas não nos entregamos profundamente à Ele. Assim que os discípulos de Jesus agiam naquele momento, não havia seriedade, não havia intimidade com Deus, por isso não conseguiram livrar o sofrimento do menino lunático.

           O menino sofria em algumas áreas de sua vida, tanto na área espiritual como na área física, sua saúde estava afetada pelo demônio que afligia sua vida. Jesus, livre de montanhas, livre de conflitos internos, de dúvidas a respeito de seu chamado; Jesus livre da humanidade em Adão pede ao seu Pai com quem tinha intimidade com toda a certeza de que ele é capaz de remover o sofrimento do menino. E assim, o sofrimento do garoto é levado embora através da vida de Jesus.

         Por isso Jesus responde aos discípulos que se estes tivessem fé poderiam confiar e pedir a remoção das suas montanhas, das suas falhas de caráter, das suas inconstâncias, das suas faltas de intimidade com Deus. Então a partir daí eles poderiam enfrentar tudo, não haveria nada que eles não pudessem enfrentar.

         Logo podemos concluir que a fé que remove montanhas é aquela que tira todas as dúvidas a respeito dos propósitos de Deus. Assim como Deus queria agir através dos discípulos para tirar o sofrimento do menino lunático, assim também Deus deseja agir através de mim e de você para consertar, para reparar alguém para que este volte a seu estado a qual foi criado para tal. Desse modo não existe nada que prevaleça contra nossa oração.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Por que não faço o bem que quero?

O homem é constituído por vontades e desejos, ele é constituído interna e externamente. Existem conflitos a serem quebrados, barreiras a serem destruídas. Desequilíbrios a serem acalmados.



Paulo, o apóstolo, viveu esse drama durante sua vida: em sua carta aos Romanos ele narra um período em sua vida em que ele passou por conflitos internos. Desequilíbrios emocionais. Viveu o dualismo entre satisfazer suas vontades versus renegar suas vontades. Colocar em primeiro lugar a busca pelos seus próprios prazeres ou colocar em primeiro lugar o prazer de Deus em tê-lo como filho.

O dilema de Paulo é vivido por vários de nós. Conflitos internos. Luta diária para superar uma prática antiga ou não, mas uma prática em que acaba por tirar do caminho quem a pratica. Vida e morte estão em jogo. Andar no Caminho ou ficar à beira dele.

Mas por que não consigo fazer o bem que quero? Por que planejo, construo mentalmente minhas ações de renegação ao pecado, mas chegando na hora, nas circunstâncias, acabo praticando justamente o contrário àquilo que havia planejado?

E se o mal que Paulo tanto fala for aquilo a que eu sou tanto apegado? E se o mal que Paulo relata na sua carta aos Romanos for aquilo que amo? E se o mal que Paulo constata ter tido como experiência for aquilo que me dá prazer imediato? E se o mal for o meu coração? E se o mal for o meu desejo, for o meu sonho, for o meu projeto de vida, for aquilo que eu acho que seja o melhor para mim?
            
O que fazer quando minhas decisões não resultam em ações? O que fazer quando o que está no meu interior sempre tira o melhor de mim?
           
Por que continuo praticando o mal mesmo não querendo? Vamos operacionalizar esse tipo de situação. Por exemplo, tenho acessado sites pornográficos todas as noites antes de dormir. Momentos antes de me deitar penso na minha prática. Sei que é errado. Me planejo para não visitar os sites pornográficos. Aquilo toma minha mente, invade todo o meu ser, tento não ir, mas quando me deparo já estou acessando novamente. E após o ato sinto-me com remorso.
            
Isso ocorre por que foco tanto em mim mesmo que acabo praticando tal ato. O que ocorre é uma hiperatenção sobre tal prática. Existe uma pressão por parte da minha vontade e uma contrapressão em não realizar o ato. Eu me fecho em mim mesmo, é um ciclo difícil de ser quebrado. Pois o foco é todo voltado para mim. Paulo diz que ficar obcecado consigo mesmo nessa questão é entrar em um beco sem saída. Ou seja, continuar fechado nesse círculo que mais parece aquele sinal de infinito é ser levado a cair na mesma situação.
            
E como esse círculo é quebrado? Paulo responde que ele só pode ser superado em Deus. Esse círculo só pode ser quebrado quando a pessoa se distancia dele mesmo, quando ele renega a atenção para si e se volta para Deus. O segredo é confiar no pai que está agindo através do Espírito. Direcionar o foco para si mesmo é o oposto de se concentrar em Deus. E assim acaba por pensar mais nela que em Deus. E ignora quem Deus é e o que ele está fazendo.

            
Então se você não consegue praticar o bem que deseja, se abra à Deus, pois se o próprio Deus estiver em você, dificilmente você pensar mais em você mesmo que no próprio Deus. Quando o Eterno vive e respira em você, a morte fica para trás e a vida fica diante de você. 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Elo

O elo prende ou liga? Depende da perspectiva. Há quem diga que o elo é uma ligação entre duas coisas, tornando-as uma ou contribuindo para um bem maior.

Pensemos em uma corrente: vários dentes ou elos – como você preferir-, se separassem todos os dentes, quais utilidades eles teriam? Nenhuma, correto? Eu pelo menos não consigo pensar em nenhuma no momento.


Então se supõe que os elos apenas tem funcionalidade juntos. O objetivo deles é juntarem-se uns com os outros para fazer o que conhecemos como corrente e aí sim ter alguma funcionalidade. Isso significa a forma coletiva de se trabalhar, cooperação, como em um cordão de formigas. Juntas, cada uma em sua função.

           Porém há quem se esconda na funcionalidade coletiva. E o elo passa a prender a pessoa em vez de ligá-la. A pessoa se acomoda atrás do apoio do outro. Perde a sua individualidade dentro da coletividade. Adere à uma forma passiva de existir, de trabalhar, de resolver conflitos, de existir. 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Hoje a minha oração foi o Salmo 119

Você é abençoado quando se mantém na rota,
Caminhando firme na estrada revelada pelo Eterno.
Você é abençoado quando segue suas orientações,
Fazendo o melhor possível para encontrá-lo.
Tu, ó Eterno, prescreve o modo certo de se viver
E agora esperas que assim vivamos.
Oh! Que meus passos sejam estáveis
No curso que estabeleceste!
Estou decidido na tua procura:
Não permitas que eu passe sem ver as placas que puseste no caminho.
Bloqueia o caminho com destino para Lugar Nenhum e
Agracia-me com tua revelação.
Escolho o caminho verdadeiro para Algum Lugar:
Deixarei placas em cada curva e canto da tua estrada.
Vou correr o curso que traçaste para mim,
Basta que me mostres como.
Vê quão faminto estou pelo teu conselho
E preserva minha vida nos teus justos caminhos!
Então, mostrarei ao mundo o que encontrei,
Com corajosas e desembaraçadas demonstrações em público.
Lembra-te do que disseste ao teu servo,
Pois me apego firmemente a essas palavras!
Sim, tuas promessas me rejuvenescem.
Converto tuas instruções em música
Para cantá-las no curso da minha peregrinação.
Medito em teu nome a noite toda,
Juntando as peças da tua revelação, ó Eterno!
Tu me satisfazes, ó Eterno, por isso prometo
Fazer tudo o que disseres.
Observo teus caminhos com mais cuidado,
E meus pés retornam para a trilha que marcaste.
Treina-me para viver segundo o teu conselho.
Mas eu danço de acordo com a música da tua revelação.
Prefiro a verdade da tua boca
A encontrar jazidas de ouro.
Com tua mão me formaste:
Agora sopra sabedoria em mim, para que eu possa te entender.
Agora, conforta-me para que eu possa viver de verdade:
Tua revelação é a música da minha dança.
E que eu tenha uma vida plena e santa, alma e corpo,
E ande sempre de cabeça erguida.
Tornei-me até mais esperto que meus mestres
Depois que ponderei e absorvi teu conselho.
Eu me tornei mais sábio que os velhos sábios
Apenas por fazer o que me aconselhas.
Iluminado por tuas palavras, conseguido enxergar o caminho;
Elas lançam um facho de luz sobre a estrada escura.
Assumi um compromisso, e não voltarei atrás:
Viver conforme tuas justas e retas orientações.
Fica do meu lado, como prometeste, para que eu possa viver.
Não frustres minhas grandes esperanças.
Sou teu servo, por isso ajuda-me a entender
O sentido mais profundo das tuas instruções.
Firma meus passos na tua promessa,
Para que nenhum mal tire o melhor de mim.
Sou muito jovem para ser importante,
Mas não esqueço o que me disseste.
O estilo de vida que me prescreves é justo.
Ajuda-me a compreender isso, para que eu possa ter uma vida plena.
Gritei também: “Salva-me,
Para que eu possa cumprir todas as tuas instruções!”.
Observo essa gente frouxa e sinto aversão;
Eles fogem das tuas promessas por qualquer motivo!
Dá-me a percepção que vem apenas da tua Palavra.
Que o louvor flua como cascata dos meus lábios!
Desperta minha alma, para que eu possa te louvar como se deve.
Se eu me desviar como uma ovelha perdida, vem me buscar.
Com certeza, reconhecerei o som da tua voz.

Salmo 119 - alguns versos (paráfrase bíblica A Mensagem - Eugene Peterson)

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Preocupação com o amanhã

O que trará o dia de amanhã?

Grande incógnita...




O homem tem se preocupado de maneira exagerada com o dia de amanhã. A preocupação do homem em relação ao amanhã é justamente com a falta de algo. Será que amanhã eu vou conseguir pagar a conta? Será que os suprimentos que tem na despensa durarão até o final do mês? 

O homem, sempre preocupado com a falta. Se não houvesse a falta, ele não teria por que viver já diria o pensador. Porém, por que a busca do homem nunca acaba? Ou por que a preocupação com o amanhã muitas vezes domina todo o seu pensamento? Ou por que esse anseio pelo vindouro suga todas as energias no presente que o próprio momento vivido no agora chega a ser esquecido?

Pois o homem tem buscado as coisas que acabam. O homem, enquanto finitude procura as coisas finitas dessa vida. Mas há no homem um anseio pelas coisas eternas e é por esses valores, pelos valores eternos que o homem tem que focar a sua busca. E só assim a preocupação com o amanhã tornar-se-á descanso no hoje.