quinta-feira, 26 de março de 2015

Pai Nosso - meu primeiro livro

É com muito prazer e alegria que faço esta postagem aos meus leitores. Apresento a vocês meu primeiro livro, cujo título é "Pai Nosso".

Sinopse do livro:

Essa nova perspectiva sobre a oração do Pai nosso é expandir a consciência, é entender que o evangelho funciona como uma causa e que a busca por ela não está dentro, mas fora de si. É concluir a tarefa iniciada por Jesus na ressureição. Expandir a consciência é trazer o Reino de Deus à Terra através do amor. É encurtar as distâncias daqueles que precisam desde um prato de comida até aqueles que precisam de um simples abraço. Expandir a consciência é ter a inquietude e a motivação para cumprir com aquilo que só você poderá cumprir. Expandir a consciência é libertar-se do modo-de-ser do primeiro Adão, é dizer sim a Deus.


Você pode adquirir o livro através do site da Editora Multifoco.






sábado, 21 de março de 2015

O vinho novo em odres velhos - A conservação da noiva

Temos dois objetos em destaque nessa parábola, a saber, o vinho e o odre. E temos duas categorias dividindo esses dois objetos; primeiro, o vinho é classificado em: vinho novo e vinho velho; e segundo, o odre é classificado em: odre novo e odre velho.

Muitas linhas de interpretação zelam ou dão ênfase ao “vinho novo” ou “novo de Deus”. Interpretam como se o Reino de Deus (vinho novo) fosse a novidade trazida para subjugar a lei (vinho velho).

Essas linhas também falam que o “vinho novo” quebra as estruturas antigas (odres velhos), pois o que é velho não suporta o que é novo.

Então é preciso a novidade de Deus – ou o Reino de Deus – (vinho novo) ser derramada em estruturas novas (odres novos) para não ser desperdiçada.

Esse tipo de interpretação reivindica uma reforma. Vamos reformar?! O que você entende quando pensa em reformar uma casa, por exemplo? A primeira coisa que vem ao pensamento é mudar algumas coisas de lugar, dar uma nova pintura, comprar móveis novos.

Porém o que chama atenção nessa parábola é a última fala de Jesus, na sua biografia escrita por Lucas no capítulo cinco, verso trinta e nove, parte b:

“O vinho velho é melhor!”

Isso estimula o meu raciocínio, pois a corrente majoritária de interpretação dessa parábola reza em prol do “vinho novo”, porém Jesus afirma que o vinho velho é melhor!

E isso é tão lógico que passa despercebido. Toda pessoa que já ouviu falar sobre vinhos sabe que o vinho velho é melhor que o vinho novo.

Agora, voltemos ao raciocínio sobre reformar. Reforma significa voltar à origem. Foi isso que Martinho Lutero e o grupo de reformadores da igreja queriam; o desejo deles era tirar os novos dogmas que se instalaram na igreja e voltar aos dogmas que deram origem a ela.

Um dos significados de reformar é renovar que vem do latim renovare ou fazer voltar ao primeiro estado. Voltar às origens. Essa é a interpretação mais apropriada sobre a palavra reforma.

Voltar ao caminho e conservar o odre. É sobre isso que Jesus quer falar nessa parábola. Ela é voltada para a conservação dos vasos, para a conservação da sua igreja, para a conservação da sua noiva. Por isso Jesus fala que o vinho velho é melhor, pois ele conservará a sua noiva no caminho.

Jesus prever o vinho novo como teologias novas, como doutrinas novas, trazidas à luz debaixo de um mundo mergulhado em um humanismo em que o centro do universo é o próprio homem. Esse é o vinho novo ou vinho da menor qualidade relatado por Jesus.

Aqui, na verdade há um paradoxo, pois o novo homem que Jesus traz, a nova humanidade estabelecida a partir de Cristo, é a humanidade original idealizada por Deus lá no início da criação. Ou seja, o novo, na verdade é o velho ou o original.

Por isso Jesus fala que ninguém, depois de beber o vinho velho, prefere o novo; ninguém que queira conservar os odres colocará dentro deles vinho novo.

Parafraseando Cristo: ninguém, depois de beber o vinho original; ninguém, depois de beber do projeto inicial de Deus; preferirá beber um projeto novo, um vinho de menor qualidade, distorcido pelo egocentrismo humano.


A preocupação de Jesus, o Cristo, nessa parábola é com a conservação da sua noiva.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Seja um influenciador

Por que a gente consegue observar que na história da humanidade existem vários episódios em que esta parece mudar seu trajeto?

Pois algum homem em seu respectivo tempo se levantou e exerceu sua influência.

Seja para uma nação (Adolf Hitler; Lula).

Seja para um grupo de pessoas (Martin Luther King; Nelson Mandela; Zumbi).

Seja apenas para uma pessoa (Anônimos).

Não importa a quantidade de pessoas, o que importa é o seu poder de influência.

Em Mateus 5:16 – “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.”

O homem, como um ser social, exerce a ação de influir as pessoas que o cercam.

A esta força denominamos “influência”, sendo esta inevitável.

Sempre estaremos influenciando alguém, quer queiramos ou não.

E, como temos influenciado?

Positivamente ou negativamente?

A fala de Jesus em Mateus afirma que devemos influenciar positivamente de tal forma que consigamos motivar as pessoas a se aproximarem de Deus.

Nós temos o conhecimento sobre o maior poder que existe no universo, a saber, o poder de Deus.

Esse poder cura o enfermo.

Esse poder liberta o preso.

Esse poder salva o perdido

Esse poder transforma o necessitado.

Você crê nisso?

Então, se você tem a maior forma de influenciar que alguém pode ter, e se você tem a capacidade de influenciar, por que você não está influenciando como deveria?

“Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus.” (At 20:24)

Você quer deixar o seu nome na história?

Então seja um influenciador!

No filme Tróia, a motivação de Aquiles para ir à batalha era por que ele sabia que dali a mil anos continuariam falando sobre essa guerra, entre gregos e troianos, e que se lembrariam do seu nome.

“A influência é mais forte do que o domínio. Com a morte do dominador, o dominado sente-se livre da missão. Porém, com a morte do influenciador, o influenciado permanece e avança na missão.” (Alan Basílio)

“Pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício superior ao de Caim. Pela fé ele foi reconhecido como justo, quando Deus aprovou suas ofertas. Embora esteja morto, por meio da fé ainda fala.” (Hb 11:4)

“Tenham certeza de uma coisa: em qualquer lugar que a Mensagem for pregada, o que ela fez aqui será lembrado e admirado.” (Mt 26:13)

A minha oração é que você possa estar motivado e aumentar a sua área de influência.

sábado, 7 de março de 2015

A Candeia

Candeia é um objeto funcional, uma vasilha feita de barro, com um pavio, abastecido com azeite de oliva, que serve para iluminar territórios.

            “Ninguém, depois de acender uma candeia e a cobre com um vaso ou a põe debaixo de uma cama.” (Lc 8:16)
            
Imagina-se uma candeia, porém sem estar ligada ou acesa. Qual seria a sua utilidade ela permanecendo apagada?  Para nada serviria. Então é necessário dar o start nessa candeia; é preciso acendê-la, colocar fogo para que ela possa finalmente exercer aquilo para o qual foi feita.

E, depois de acesa, qual o sentido de mantê-la escondida? Seria castrá-la da sua função ou desviá-la do seu real sentido. Cobrir a candeia ou escondê-la debaixo da cama é provocar um desvio de sua função original.

Logo, é preciso a candeia estar acesa e locar em um lugar adequado para que ela possa executar corretamente a sua função.

Era isso que Jesus estava dizendo a quem estava ouvindo. Eles foram despertados por Jesus, foram acesos pelo mestre de Nazaré. Mas ao que parece, ainda não estavam posicionados no local adequado para exercer de forma efetiva aquilo que foram chamados a exercer.  

É preciso a candeia ser colocada em um local adequado para iluminar quem for entrando no recinto. Pois os que entram precisam ver a luz para que possam ser guiados por ela.


Luz deriva de uma forma arcaica no grego chamada  phao, que significa brilhar ou tornar manifesto. A luz, quando acesa é feita para iluminar, para ficar em local exposto, para guiar outras pessoas. Assim também é o discípulo de Jesus, não basta apenas ser dado o start nele, muito menos adianta ele apenas ouvir a palavra de Deus. Por que se assim ele se comportar, ele estará tendo um desvio de função ou não estará alinhado com o seu propósito.

É necessário um local adequado, ou seja, uma postura correta em que a funcionalidade seja adequada. É preciso a candeia sair do estado de desvio de sua função, do estado de desalinhamento e ir para o alinhamento e executar de forma correta aquilo para o qual foi feita.

Jesus quer nos ensinar sobre dois tipos de pessoas nessa parábola:

1- As que ainda não se encontraram: a candeia apagada, ou seja, aquelas pessoas que ainda não sabem para que servem, ainda não descobriram a sua identidade.

2- As que ainda não encontraram o caminho: a candeia acesa, mas escondida debaixo da cama, ou seja, aquelas pessoas que já descobriram sua identidade, porém ainda estão desalinhadas com o seu real propósito e estão manifestando a luz no local errado.

A minha oração é para que você que ainda não descobriu a sua identidade, encontre-a. E se você já descobriu e ainda não está alinhado no local em que você possa brilhar mais, que você encontre esse local.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Ansiedade

A cobrança pelo alto desempenho, por resultados, por ser bem sucedido nos dias de hoje é evidente. Você é cobrado por isso. E por que responder a essa cobrança?

Pelo simples motivo da segurança. Você é cobrado pelo seu chefe para obter um resultado na empresa e a consequência é ter uma recompensa no final do mês que aumentará o seu salário. Você é cobrado na faculdade para tirar a maior nota, pois no final do semestre o melhor aluno da classe tem desconto nas mensalidades. E assim por diante.

A preocupação do homem nos dias atuais é pelo porvir. Conectado, ligado quase que às 24 horas do dia, sempre com a cabeça voltada para o futuro. Esse estado de preocupação voltado para o futuro é o que é chamado de ansiedade.

Nas biografias de Jesus temos um relato de um caso específico de ansiedade, a saber: o caso do jovem rico.

Enquanto Jesus caminhava pela rua – diz o texto, um importante homem veio correndo em sua direção, ajoelhou-se e perguntou o que ele deveria fazer para alcançar a vida eterna.

Nota-se no perfil do jovem rico que este era uma pessoa bem sucedida em sua época. Ele era uma pessoa que respondia àquelas cobranças supracitadas no texto. Ele tinha uma carreira construída. Disciplinado, obedecia aos mandamentos da lei desde que se entendia por gente e não é à toa que conseguira uma carreira de sucesso.

O que se passa na cabeça de uma pessoa com esse perfil? Vou te responder: o que se passa é um filme bem grande, uma drama hollywoodiano cujo título, enorme para variar, é PREOCUPAÇÕES COM O AMANHÃ.



O jovem rico demonstra tamanha ansiedade em suas atitudes, como diz o texto, ele correu em direção a Jesus e ajoelhou-se, demonstrando desespero. E qual era a sua preocupação? Ele gostaria de saber o que deveria fazer para alcançar a vida eterna.  

A vida eterna para ele era apenas mais uma preocupação, mais um objetivo a ser alcançado pelos mesmos meios que ele estava acostumado a lidar. Tanto que quando Jesus responde que ele deve obedecer aos mandamentos, ele retruca dizendo que já faz isso desde adolescente. O jovem rico é uma pessoa que segue regras. Ele não tem dificuldades com isso.

Porém, faltava uma coisa a ele: ser livre da falsa sensação de segurança que o dinheiro traz. O jovem rico demonstra preocupação com o futuro, ele era ansioso. Arrisco a dizer que se fosse uma pessoa de mais idade, talvez agisse diferente, pois saberia que se preocupar com o futuro ansiosamente não leva a lugar nenhum.

Preocupar-se com o futuro ansiosamente leva ao esvaziamento do presente. Com todas as energias conectadas ao porvir não resta nenhuma ao imediato.

O jovem rico queria alguma estratégia que o fizesse garantir o futuro da vida eterna. Ele queria uma certeza, pois todos os seus padrões comportamentais eram apoiados na segurança (ou na falsa sensação dela) do futuro.

Ao passo que Jesus tentou intervir no comportamento ansioso do jovem rico. Jesus é um desconstrutor. A preocupação do jovem era conquistar o porvir através dos meios seguros que ele confiava, através de suas riquezas. E o mestre de Nazaré amplia o horizonte até então conhecido pelo homem. A segurança da vida eterna está na incerteza do imediato. Tudo aquilo que me traz certa sensação de segurança me tira da verdadeira segurança.

O jovem rico ficou triste quando escutou a resposta de Jesus, pois a sua ansiedade era aliviada pela falsa sensação de segurança que as suas riquezas lhe traziam. Jesus quis demonstrar que a única coisa que traz a verdadeira segurança não são as riquezas, muito menos casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filho, ou campos; o único que traz a verdadeira segurança, aliviando a ansiedade é Jesus Cristo e a causa do evangelho.