A música é – de modo
incomparável no seu gênero e na sua ambivalência – imagem do cosmos e quinta
essência da representação da paixão humana, voz angélica em louvor de Deus e
instrumento do demônio, promotora e destruidora do bem e do mal. Como nenhuma outra
arte, ela pode sarar e consolar, embelezar e exaltar, estimular e pacificar,
seduzir e fortificar. Sendo existencial neste sentido, consegue obter em grau
máximo o efeito geral da arte: atrair a si e ao seu mundo. – um outro mundo – o
homem na sua esfera existencial. (Hans Eggebrecht e Carl Dahlhaus – Que é a
música?)
A música é considerada por
diversos autores como uma prática cultural e humana. A música é uma forma de
expressão do homem. Todo homem pode expressar-se através da música, seja
criando ou reproduzindo. Pois, como bem disse Eggebrecht e Dahlhaus, representa
a emoção humana.
Partindo desse pressuposto
desejo levantar no decorrer dos nossos momentos reflexões acerca de homens que
buscaram expressar suas inquietudes existenciais. Mais do que conceituar,
segmentalizar, ou catagolar, procurarei analisar a angústia humana na sua busca
pelo divino.
Nos evangelhos de Mateus e
Marcos, é relatado que o Mestre de Nazaré e seus discípulos cantaram um hino
após a ceia. Esse é o único relato de Cristo cantando, ele estava expressando
as suas emoções, pois havia chegado o momento de sua crucificação. Segundo a
tradição os hinos que eles cantaram são os chamados “salmos do Hallel”(hallel
significa louvor), que segundo o comentário bíblico Moody, seriam os Salmos 105-118,
cuja recitação encerrava a ceia.
Durante a semana que você
possa refletir em cima desses Salmos e tentar imaginar qual deles Jesus cantou
antes de ir para o monte das oliveiras. Eu creio que ele cantou o Salmo 116 e
você?
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