quarta-feira, 9 de março de 2016

Que é a música?


A música é – de modo incomparável no seu gênero e na sua ambivalência – imagem do cosmos e quinta essência da representação da paixão humana, voz angélica em louvor de Deus e instrumento do demônio, promotora e destruidora do bem e do mal. Como nenhuma outra arte, ela pode sarar e consolar, embelezar e exaltar, estimular e pacificar, seduzir e fortificar. Sendo existencial neste sentido, consegue obter em grau máximo o efeito geral da arte: atrair a si e ao seu mundo. – um outro mundo – o homem na sua esfera existencial. (Hans Eggebrecht e Carl Dahlhaus – Que é a música?)

A música é considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. A música é uma forma de expressão do homem. Todo homem pode expressar-se através da música, seja criando ou reproduzindo. Pois, como bem disse Eggebrecht e Dahlhaus, representa a emoção humana.

Partindo desse pressuposto desejo levantar no decorrer dos nossos momentos reflexões acerca de homens que buscaram expressar suas inquietudes existenciais. Mais do que conceituar, segmentalizar, ou catagolar, procurarei analisar a angústia humana na sua busca pelo divino.

Nos evangelhos de Mateus e Marcos, é relatado que o Mestre de Nazaré e seus discípulos cantaram um hino após a ceia. Esse é o único relato de Cristo cantando, ele estava expressando as suas emoções, pois havia chegado o momento de sua crucificação. Segundo a tradição os hinos que eles cantaram são os chamados “salmos do Hallel”(hallel significa louvor), que segundo o comentário bíblico Moody, seriam os Salmos 105-118, cuja recitação encerrava a ceia. 


Durante a semana que você possa refletir em cima desses Salmos e tentar imaginar qual deles Jesus cantou antes de ir para o monte das oliveiras. Eu creio que ele cantou o Salmo 116 e você?

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