O homem é um lápis. A existência, um livro em
branco. O lápis risca as páginas em branco do livro da existência e vai
gastando-se. É no riscar do lápis que se constrói uma história. O lápis vai
diminuindo de tamanho com o passar das linhas escritas. A vida do homem vai
passando, seus dias vão terminando. Assim como o lápis, que vai riscando um
papel, que está sendo queimado pelo papel em branco do livro. E com o decorrer
do tempo o lápis olha de si para si e enxerga que já não é mais novinho e
folha; pelo contrário, já está gasto, chegando ao fim de sua vida útil. O lápis
gasto olha para o lápis novo, observa-o em todo o seu potencial e se lembra de
que o seu fim está próximo. Porém não sente inveja do lápis novo, pois ele – o
novo - ainda não riscou nada; ainda não escreveu nenhuma linha, nenhuma
história, não criou nenhum desenho, nenhum rabisco sequer. O lápis novo ainda
nada deixou para o mundo. O lápis gasto, no fim de sua existência já construiu
uma história; uma história que ficará no e para o mundo. O lápis gasto é assim
como o homem que chega ao final de sua existência. O homem escreve a sua
história, realiza possibilidades, constrói uma obra. Que história você deixará
para a humanidade ler?!
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