sexta-feira, 16 de maio de 2014

Primeiro homem. Segundo homem.

Duas figuras centrais na história do mundo Cristão: Adão e Jesus Cristo. Várias passagens da Mensagem relatam essas duas figuras. A história gira em torno da consequência das escolhas feitas por Adão e por Jesus.

Da mesma forma está escrito: “Adão, o primeiro homem, foi feito alma vivente; o último Adão, no entanto, é espírito vivificante!” (1 Co 15:45)

Adão, conhecido como o primeiro homem, nasceu do pó da terra, o Eterno soprou fôlego de vida em suas narinas. Porém, uma condição foi-lhe imposta para que tivesse vida: ele não poderia comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Aqui, a questão não é sobre o conhecimento do bem e do mal, mas sim sobre vida e morte. De um lado a árvore da vida e do outro lado a árvore que quem comesse do seu fruto morreria.

O primeiro Adão então, tentado no paraíso, resolve comer da árvore da morte. Com o seu ato, o primeiro homem reivindicou para si o controle da sua existência. Deixou de lado a sua dependência total do Eterno. O filho que come do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal expressa sua rebeldia, pretende a sua autonomia em relação ao criador. Após comer o fruto, o primeiro Adão morreu para o seu relacionamento com o Eterno. Negou todo o cuidado do Eterno para com ele. O primeiro Adão quis ser independente. Ele rejeitou o Eterno. Disse não ao Pai.

Jesus, conhecido como segundo homem ou último Adão, nasceu do Espírito. O último Adão escolheu a vida. Ele não tinha de um lado a árvore da vida e do outro a árvore do conhecimento do bem e do mal, mas tinha de um lado a cruz e do outro lado o caminho largo que levaria a perdição.

O último Adão, tentado no deserto – e só fora tentado no deserto, pois o primeiro fora expulso do paraíso e transferido para uma terra seca, árida, ou seja, o deserto -, resolve seguir o caminho da cruz. Com o seu ato, o segundo homem entregou totalmente o controle de sua existência ao Eterno. O filho que come do fruto da árvore da vida é aquele que diz sim ao Pai. Rendeu-se à dependência do Eterno. Após escolher seguir para cruz, o último Adão, entregou-se para um relacionamento com o Eterno. Abraçou todo o cuidado do Eterno para com ele. Ele submeteu-se ao Eterno. Disse sim ao Pai.


O primeiro Adão tinha em seu existir a expectativa de ser tudo aquilo que o Eterno tinha planejado para o ser humano. Ficou apenas na expectativa. O primeiro homem não foi tudo aquilo o que o Eterno imaginara a respeito de um ser humano.  O último Adão tornou-se tudo que o Eterno planejou para o ser humano.

O último Adão trouxe a renovação do ser humano. Ele nos levou de volta à origem, de volta ao plano inicial do Eterno para o ser humano. O segundo homem nos mostrou o modo de ser que o Eterno planejou para o ser humano. O segundo homem é a representação de outra dimensão da humanidade. É uma nova forma de existir. Um novo modo-de-ser.


Primeiro e último Adão: isso significa que já acabou. Há interpretações que dizem que são dois tipos de raças humanas. Mas não, a raça é a mesma, porém o modo de existir é diferente. Existem dois tipos de existir enquanto ser humano. O estilo do primeiro homem: aquele que reivindica uma autonomia em relação ao Pai. E o estilo do segundo homem: aquele que se rende ao Pai. 

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